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Professora articula uso dos periódicos com práticas de alfabetização na EMEF Professor José Rezende


Professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I, Rosemeire Pereira estimula a alfabetização de seus estudantes do 3° ano através da leitura de reportagens e de jogos


“No processo da alfabetização, o professor é mediador, mas os estudantes são os verdadeiros protagonistas. São pessoas com vivências prévias e temos que considerá-los sujeitos e protagonistas de suas próprias histórias.”


A afirmação é de Rosemeire Pereira, professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na EMEF Professor José Rezende, do CEU Caminho do Mar. Na visão dela, estimular diariamente práticas de leitura e escrita é fundamental no processo de alfabetização.

Estudante do CEU EMEF Professor José Rezende durante as prática de leitura desenvolvida pela professora Rosemeire Pereira


Sendo assim, a educadora, juntamente com o apoio da Equipe Gestora da Unidade Escolar, utiliza desde 2021 as revistas e periódicos distribuídos pela Secretaria Municipal de Educação (SME). O objetivo é desenvolver a alfabetização de seus estudantes através da leitura de reportagens e de jogos que possibilitam o contato da criança com textos reais, os quais têm máxima circulação social.

Exemplo da Revista Qualé, intitulada “Solidariedade faz bem”, utilizada pela professora em sala de aula no processo de alfabetização


A partir dos conteúdos expostos na Revista Qualé, na Revista Ciência Hoje e no Jornal Joca, Rosemeire utiliza as modalidades de leitura sugeridas nos documentos orientadores da SME para executar a Leitura Compartilhada e a Leitura Programada. Ela destacou a ajuda dos professores Marcelo Carvalho e Glícia Moura, que organizam os materiais, e pontuou que a Unidade Escolar incentiva uma educação significativa e contextualizada:


“Nós, professores, temos que proporcionar textos reais e que tenham temas atuais, como a crise vivida pelos indígenas Yanomamis e o bullying nas escolas. Hoje em dia, em que a criança tem o acesso a tudo pela internet, o estudante tem que participar da discussão em sala de aula e depois levar isso para casa”.


“Isso é uma grande vivência e um ótimo processo de aprendizado para eles, que ficam atualizados do que está acontecendo no mundo e entendem melhor a realidade”, completou.

Exemplo de reportagem real do Jornal Joca sobre a crise dos Yanomamis utilizada pela professora em sala de aula no processo de alfabetização


Na Leitura Compartilhada, a docente lê o título da reportagem e o início dela e, posteriormente, elabora questões que fazem com que a criança crie hipóteses sobre os acontecimentos, tendo a possibilidade de verificar, ao longo da leitura, se o que pensaram se consolida ou não. O intuito é envolvê-los no conteúdo apresentado e fazer com que eles participem da atividade proposta.

Professora Rosemeire Pereira durante a leitura com seus estudantes


Já na Leitura Programada dos periódicos, ela organiza as duplas produtivas – ou seja, neste caso específico, a união de um estudante alfabético para ajudar um que ainda não domina a leitura e a escrita – pensadas especificamente para a realização de procedimentos de leitura da reportagem, em que os estudantes grifam as informações mais importantes seguindo as orientações da professora.


Dessa forma, as crianças estão realizando o procedimento de estudo com autonomia e tanto os estudantes alfabetizados quanto aqueles que ainda estão no processo são atendidos.

Exemplo de agrupamento durante procedimento de estudo

Exemplo de reportagem utilizada pela professora em sala de aula no processo de alfabetização


Depois das leituras, finalmente ocorre a brincadeira. Baseando-se no livro de Celso Antunes, “Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências”, a educadora implementou o jogo chamado Alfabeto Vivo, que visa estimular a inteligência linguística dos estudantes.


Geralmente, a docente menciona algumas palavras das reportagens lidas e, depois de refletirem sobre a escrita dessa palavra, eles as constroem na frente da sala utilizando o alfabeto móvel. Essa é uma espécie de jogo temático para estimular o aprendizado das crianças através de brincadeiras.

Estudantes da CEU EMEF José Rezende formando a palavra “soninho”, retirada da reportagem Mistérios do Sono, durante o jogo Alfabeto Vivo

Estudantes da CEU EMEF José Rezende formando a palavra “aprendizado”, retirada da reportagem Mistérios do Sono, durante o jogo Alfabeto Vivo


Além de desenvolver o espírito em equipe, esse jogo contribui bastante para o avanço dos estudantes no processo de alfabetização, já que “o jogo é uma estratégia de aprendizagem, em que a criança aprende brincando, literalmente”, como afirmou Rosemeire.

Registro dos estudantes da CEU EMEF Professor José Rezende durante a Leitura Compartilhada



André Martinez

Estagiário de Jornalismo

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1 Comment


sil.ricciardi
Aug 23, 2023

Excelente iniciativa, com instrumentos que ajudam na alfabetização e conscientização deixando de lado os celulares.

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