top of page
Foto do escritorDIPED

EMEF Armando de Arruda Pereira promove Mostra Cultural inspirada por Currículo Antirracista

Prezando pela Educação Antirracista, a Unidade Educacional apresentou os trabalhos feitos pelos estudantes durante o ano


No dia 30 de setembro, a EMEF Armando de Arruda Pereira, localizada no bairro do Jabaquara (DRE Santo Amaro), divulgou o resultado de um ano de ações e práticas inspiradas pelo “Currículo da Cidade Educação Antirracista” e desenvolvidas por estudantes e professores ao longo do ano.


Na Mostra Cultural da escola foram apresentadas para a comunidade diversas expressões culturais afro-brasileiras e africanas por meio de apresentações artísticas, musicais e literárias. O evento teve como mote o Adinkra (espécie de ideograma africano) “Nea Onnin No Sua” que representa o conhecimento e a educação ao longo da vida.

Símbolos africanos Adinkras foram um dos temas abordados na Mostra.

Apresentações musicais celebraram a influência dos ritmos africanos na cultura brasileira.


A Mostra foi resultado do trabalho dos professores e professoras da unidade a partir do estudo do “Currículo Antirracista – Orientações Pedagógicas: Povos Afro-Brasileiros” e do trabalho de estudo da temática antirracista ao longo de Reuniões Pedagógicas e em encontros da Jornada Especial de Formação (JEIFs) conduzidas pela coordenação pedagógica da unidade.


“A proposta era dar vida aos estudos do Currículo Antirracista e colocar em prática a conceitos como o lugar de fala e a ideia de que somos todos educadores e responsáveis pelo combate ao racismo”, explicou a coordenadora pedagógica da unidade, Melissa Petersen Kelley.

Apresentações de ritmos africanos pelos primeiros anos.


A coordenação fez um levantamento dos trabalhos que seriam realizados ao longo do ano e os produtos finais que seriam apresentados na Mostra Cultural para as famílias.


Uma ação de destaque no evento foi a apresentação musical dos quintos anos com ensaio conduzido pela professora de Apoio Pedagógico, Lais Batista da Silveira, que reuniu três turmas para apresentarem a coreografia “Jerusalema”, que ficou famosa em um desafio de dança nas redes sociais publicada por um grupo de dança angolano.

Professora Laís Silveira ensaiou as crianças para apresentação de coreografia angolana.


Já os estudantes dos terceiros anos, orientados pela professora Janete Monteiro Alves, trabalharam com o Projeto Poesia ao Pé do Ouvido, onde foram declamadas poesias do escritor moçambicano Mia Couto e do poeta angolano Ndalu de Almeida, mais conhecido como Ondjaki, a partir de tubos de papelão pintados e confeccionadas pelos estudantes e falados junto ao ouvido de cada pessoa.

A professora Janete Alves mobilizou os estudantes para declamarem poesias dos autores africanos Mia Couto e Ndalu de Almeida.


A professora de Artes, Tânia Maldonado, mobilizou os estudantes dos sétimos, oitavos e nonos anos para conhecerem e pintarem máscaras de diferentes etnias da África.


“As máscaras africanas são adereços utilizados em cerimônias e rituais e tem grande importância religiosa, mística e espiritual para diversos povos africanos”, explicou a professora.


Já as professoras de Educação Física criaram uma sala de jogos de origem africana com tabuleiros de Mancala e um jogo da Memória com os símbolos africanos Adinkras. Uma sala com uma versão “africana” da tradicional Amarelinha foi criada para adultos e crianças brincarem.

Sala de Jogos com tabuleiros de Mancala e Memória de Símbolos Adinkras.

Apresentação de amarelinha africana no pátio.


Trabalhos Colaborativos de Autoria (TCA)


No ciclo autoral (7º ao 9º ano) os Trabalhos Colaborativos de Autoria (TCA) também foram permeados por temáticas antirracistas como “Racismo no Futebol”, “Racismo Estrutural” e “Aspectos da Cultura Africana”. Além disso, uma sala voltada para a divulgação do trabalho de cientistas negros e de invenções patenteadas por inventores negros foi criada pelos estudantes dos 9º anos.


“Este ano as apresentações e textos tiveram mais qualidade em relação ao ano anterior e demonstram o trabalho de pesquisa e estudos realizados pelos estudantes” avaliou a professora de Língua Portuguesa, Lidia Matilde dos Santos Dias.


Currículo da Cidade – Educação Antirracista


O Currículo da Cidade Educação Antirracista foi lançado em 2023 e oferece subsídios teóricos e práticos voltados para a efetivação da lei nº 10.693/2003, que inclui no currículo oficial a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Africana em todos os componentes curriculares e níveis de escolarização.




Escrito por Rodrigo Shimizu (formador da Divisão pedagógica da DRE - SA), com colaboração de André Martinez (estagiário de Jornalismo)





182 visualizações0 comentário

Kommentare


bottom of page